quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PANTANAL

 

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     Poucos locais no mundo têm uma comunidade tão exuberante quanto o pantanal mato-grossense, trata-se de uma vasta planície inundável que abriga uma das mais ricas reservas de vida selvagem do mundo. Não há grande número de espécies vegetais, a maioria também presente em outros biomas (poucas espécies são endêmicas). Em território brasileiro, o pantanal ocupa a parte oeste dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, estendendo-se pelo Paraguai e Bolívia.

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     Massas de ar quente e úmido, provenientes da região amazônica, influenciam o clima da região, que pode ser definido como tropical úmido. As temperaturas médias anuais oscilam em torno de 23ºC e 25ºC. Eventualmente, porém, massas de ar frio, provenientes da região antártica, provocam quedas bruscas de temperaturas, fenômeno conhecido como friagem. A pluviosidade não é muito elevada, entre 1100mm e 1500mm anuais, com as chuvas concentradas entre os meses de novembro e abril.

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     Toda vida pantaneira está relacionada ao regime de águas. A pluviosidade, embora não muito elevada e concentrada em poucos meses, provoca cheias persistentes por grande parte do ano. O relevo plano, situado em sua maior parte em altitudes entre 100m e 200m acima do nível do mar, explica esse fenômeno.

     Na época das chuvas, as águas invadem os terrenos mais baixos. As planícies não favorecem a vazão, deixando inundados extensos terrenos. Entre maio e julho, período denominado de vazante, as águas vão lentamente escoando e formando rios temporários. Finalmente, entre agosto e outubro, advém a seca, durante a qual persistem os grandes rios e pequenos cursos de água permanentes, denominados corixos. Esse regime das águas interfere em toda a vida da região, determinando diversos ciclos biológicos.

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Vegetação

     As áreas mais elevadas, conhecidas como “terra firme” ou “cordilheiras”, nunca são inundadas. Nestas, forma-se uma vegetação com características de mata ou cerrado, além de matas que acompanham o curso dos rios. Em regiões de elevação moderada, denominadas várzeas, ocorre a inundação temporária. Essas são anualmente fertilizadas pelos sedimentos ricos em nutrientes trazidos pelas águas dos rios. Nas secas, desenvolve-se nas várzeas uma exuberante vegetação herbácea, que serve de pastagem para a fauna nativa e também para o gado, introduzido pelo ser humano. Nas regiões mais baixas formam-se baias e lagos permanente, onde se desenvolve grande variedade de plantas aquáticas.

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Fauna

     A fauna do pantanal é composta por aves( como jaburu (tuiuiu), garça, biguá, arara-azul e frango d’água), mamíferos de médio e grande porte ( onça-pintada, anta, capivara e veado-pantaneiro), répteis (sucuri, jacaré-de-papo-amarelo) e incontáveis espécies de peixes (pintado, jaú, pacu e dourado).

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     A caça e a pesca predatórias tem tido forte impacto sobre os biomas do pantanal. O mercado de peles, especialmente de jacarés, onças, jaguatiricas, ariranha e lontras, além da captura de aves raras, coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies. Há também grande pressão para a conversão das regiões florestais mais altas em propriedades agrícolas, além da pressão do garimpo.

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     A atividade do garimpo nos cascalhos dos rios é uma das ameaças ao pantanal. Para separar o ouro do cascalho, os garimpeiros utilizam mercúrio, um metal altamente tóxico que acaba sendo despejado nas águas dos rios, acumulando-se nos sedimentos e causando a morte de animais e também de seres humanos.

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Fonte:

>> Biologia: ensino médio, 3º ano/organizadores

Fernando Santiago dos Santos, João Batista Vicentim Aguilar, Maria Martha Argel de Oliveira – 1.ed.-São Paulo: Edições SM, 2010.

>> Biologia/  José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho, 3.ed.-São Paulo: Moderna, 2010.

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