sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rio + 20

Baía de GuanabaraA Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.

O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas principais:
  • A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza;
  • A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16  e 19 de junho, serão programados eventos com a sociedade civil. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

 

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O SER HUMANO E O AMBIENTE

 

 

     Alterações ambientais provocadas pelo ser humano são visíveis em todos ecossistemas. O ser humano interage com outras espécies e com o ambiente em que vive. Entretanto, algumas atividades podem provocar alterações ambientais que afetam a sobrevivência de diversas espécies.

 

     Utilizando tecnologia, a espécie humana consegue ocupar ambientes diferentes em diversas regiões do planeta e assegurar a reprodução da espécie. o desenvolvimento da tecnologia também propiciou a exploração dos recursos naturais e o aumento populacional. A Revolução Industrial foi um marco nesse desenvolvimento. As máquinas das indústrias eram capazes de produzir uma quantidade que a humanidade jamais havia conseguido. Ao mesmo tempo que a riqueza material aumentou, a industrialização levou à concentração da população nas cidades. Após a Segunda Guerra Mundial, com a disseminação de medidas sanitárias e a adoção da vacinação em massa, as taxas de mortalidade diminuiram, e a população mundial experimentou um enorme crescimento, que se manteve até o final do século XX. Atualmente a população mundial ultrapassa o número de 7 bilhões.

     A densidade populacional e o consumo exagerado de bens e produtos são fatores que exercem pressão sobre o meio ambiente, uma vez que utilizam recursos naturais e geram resíduos que posteriormente são eliminados no ambiente.

 

 

A Agenda 21

 

     Dependemos do ambiente e de seus recursos para sobreviver. O modelo de desenvolvimento sustentável preconiza o manejo dos recursos da natureza de modo a promover o desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, a conservação do meio ambiente.

     O impacto das atividades humanas sobre o ambiente ven sendo discutido em diversas reuniões e conferências mundiais. Uma das mais importantes aconteceu na cidade do Rio de Janeiro em 1992: a Eco-92, promovida pela ONU, reuniu representantes de 170 países para analisar o que mudou na situação ambiental do mundo desde a Conferência de Estocolmo, realizada na capital da Suécia em 1972. A Eco-92 também apontou estratégias em níveis regional e global para tratar das principais questões do meio ambiente, como o aquecimento global e a destruição da camada de ozônio, e buscou novos meios para aliar o desenvolvimento humano à conservação do meio ambiente e à eliminação da pobreza.

      Um dos resultados dessa conferência foi a elaboração da Agenda 21, um plano de ação global para o século XXI para promover a sustentabilidade da vida no planeta.

     Na conferência de avaliação Rio + 5 ( cinco anos após a Eco-92), promovida pela ONU em 1997, foram apontadas algumas falhas da Agenda 21, entre as quais a constatação de que apenas uma ínfima parte dos recursos prometidos para reduzir impactos ambientais havia sido aplicada. Em 2002 uma nova conferência mundial, a Rio + 10, ocorreu em Johannesburgo, África do Sul, onde foram debatidos vários temas, como a drástica diminuição da biodiversidade, o acesso à energia limpa e renovável, o efeito estufa e o controle de substâncias químicas nocivas. Os países participantes se comprometeram em estabelecer metas para, até 2015, reduzir pela metade o número de pessoas que ainda não têm acesso à água potável e ao saneamento básico.

 

Cenário

 

Fonte: Biologia: ensino médio, 3º ano/organizadores

           Fernando Santiago dos Santos, João Batista Vicentim Aguilar, Maria Martha Argel de Oliveira – 1.ed-São Paulo: Edições SM, 2010 – (Coleção ser protagonista)

 

 

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terça-feira, 5 de junho de 2012

Já passamos do limite?



     O crescimento da população humana durante os últimos dez mil anos, desde o advento da agricultura, tem sido um dos desenvolvimentos ecológicos mais significativos da história da Terra. Ele se compara com os macivos deslocamentos causados pela glaciação durante o último milhão de anos e com as extinções globais causadas pelo impacto de um cometa há 65 milhões de anos. Um dos mais marcantes aspectos do crescimento da população humana é que sua taxa continuou a crescer mesmo quando a população se tornou amontoada. Estimativas do tamanho da população humana em tempos antigos são compreensivelmente imprecisas, mas é provável que a população de nossos ancestrais fosse de um milhão de indivíduos há cerca de um milhão de anos. O crescimento da população foi muito lento até o desenvolvimento da agricultura quando então deveria ser de 3 a 5 milhões. A abundância de alimentos produzidos pela agricultura removeu um fator limitante, que então aumentou cem vezes até o início do século XVIII, mesmo com eventuais quedas, como as causadas pela peste bubônica. Um aumento de cem vezes em aproximadamente 10000 anos é equivalente a uma taxa de crescimento exponencial de cerca de 2% por século. A Revolução Industrial, que começou por volta de 1700, proporcionou outro ímpeto para o crescimento da população humana, particularmente com melhorias na saúde pública e na medicina, e aumento no bem-estar material. Durante os 300 anos de industrialização, os humanos cresceramde talvez 300 milhões para 6 bilhões, aproximadamente um aumento de 20 vezes, ou uma taxa de crescimento exponencial média de quase 100% por século (1% ao ano). A mais recente duplicação da população humana, de 3 para 6 bilhões, levou apenas 40 anos (1,7% ao ano).
     A Terra está se tornando um lugar muito cheio. Muitos acreditam que a população humana já excedeu há muito tempo a capacidade da Terra em sustentá-la, e que nós estamos deplecionando os recursos terrestres rapidamente. Como isto será compensado no futuro é incerto. O que é certo é que o crescimento continuado da população estressará ainda mais a biosfera e levará a uma degradação adicional de muitos ambientes.
     Quando, e em que nível, o crescimento da população humana cessará? Predizer o futuro é difícil porque há muitos fatores desconhecidos, incluindo mudança na tecnologia, surto de doenças epidêmicas de humanos ou de suas plantações e criações, e mudanças no bem-estar material, educação e cultura. no presente, a taxa de crescimento da população humana está diminuindo, e estimativas atuais das Nações Unidas indicam um platô populacional em cerca de 9 bilhões.
     A grande concentração de pessoas nas zonas urbanas é outro fator preocupante. No Brasil, a situação exigirá esforços maiores da administração pública para lidar com saúde, educação, transporte, limpeza urbana, emprego e segurança.
     Há muito ainda que aprender para lidar com uma população em que a proporção de idosos aumentada a cada ano. Também não há êxito em políticas desconcentradoras de renda, agravando a insegurança geral da população.
     É preciso criar uma nova maneira de viver, compatível com a disponibilidade de recursos e visando a qualidade de vida de todos os habitantes. Essa mudança não é fácil, mas se faz urgente.
     Essa preocupação não é de hoje. O cientista austríaco Konrad Lorenz. Prêmio Nobel de Medicina de 1973, falecido em fevereiro de 1989, dizia: “ Não importa apenas saber quantos homens a terra pode alimentar, mas a partir de qual densidade os homens começarão a se odiar uns aos outros.”

Fonte:RICKLEFS, Robert E. A economia da natureza. 5. ed. RJ: Guanabara Kogan, 2003.

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     Esclarecer a população (que já ultrapassou os 7 bilhões) sobre suas responsabilidades sociais é uma atitude urgente, dessa maneira abriremos caminho para um convívio harmonioso com os ambientes naturais.
     É através do conhecimento que a população vai preservar e respeitar todos os ecossistemas.

 

05 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente

 

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Hoje é necessário  repensar nossos hábitos de consumo. É preciso reciclar o máximo possível.

Pensar um pouco mais na natureza, preservá-la hoje é o mesmo que preservar nossa própria espécie.

Pense mais na natureza, respeite, preserve.

O BICHO

"Vi ontem um bicho

na imundície do pátio

catando comida entre os detritos.

Quando encontrava alguma coisa,

não examinava, nem cheirava,

engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

não era um gato,

não era um rato.

O bicho, meu Deus,

era um homem."

( Poema de Manuel Bandeira, em obras poéticas, 1956.)

 

     Esclarecer a população (que já ultrapassou os 7 bilhões) sobre suas responsabilidades sociais é uma atitude urgente, dessa forma abriremos caminho para um convívio harmonioso com o meio ambiente.

     É atravez do conhecimento que a população mundial vai preservar e respeitar todos os ecossistemas.

 

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